quarta-feira, 3 de março de 2010

INVICTUS Um Filme para Ver ,Envolver-se e Aplaudir !


Na sala escura do cinema, são muitos os que se deixam envolver pelas cenas que transcende a verosimilhança entre o real e a fantasia.
Quando o diretor pega nas mãos um bom roteiro e o conduz com maestria, como fez Clint Eastwood em INVICTUS , a fantasia torna-se substrato da História real.Posso afirmar que INVICTUS, não está na categoria dos melhores filmes que já assisti. Mas é sem dúvida, um filme merecedor de aplauso.Não só pela leveza e forma como Eastwood , abordou o tema histórico dos mais relevantes, mas principalmente pela sutileza na abordagem do tema. A escolha dos atores é inquestionável, Morgan Freeman, que além da atuação brilhante no papel de Nelson Mandela, do qual é um grande conhecedor da história e amigo pessoal do mesmo, foi também produtor executivo do filme. Matt Damon, no papel do jogador Francois Pienaar , o capitão ‘Bocks’ aliado de Mandela na luta pra unificar brancos e negros, só reafirma que Damon, está entre os melhores atores de sua geração .
De um jogo,Clint construiu seu filme, sua história. Nele, assim como na história real, o time nacional de rugby falido, pode ser utilizado por Mandela, eleito presidente da África do Sul, após 27 anos de prisão e pelo capitão às vésperas da copa do mundo, pra unificar os o povo além das raças...além da taça.Mandela acreditava que a vitória maior, era romper barreira do rascismo, ainda tão presente entre membros e torcedores dos Springboks, time nacional sul-africano, símbolo da supremacia branca e por isso odiado pelos negros.
Eastwood afastou o peso contido na temática que envolve a questão da violência política e da intolerância racial, contida no Apartheid e buscou desvendar outros caminhos...como o da tolerância e do perdão. Deixou de lado, o que muitos esperavam que ocorrecem , mais um trabalho cinebiográfico e inspirou-se na magia contida nas nuances da estratégia, como quem busca saber dos efeitos colaterais de um remédio antes de tomá-lo!
Parabéns Clint Eastwood, por retirar do livro “Conquistando o Inimigo” de John Carlin, o roteiro preciso e com simplicidade, abastecer a mente dos muitos que se sentaram diante das telas e dos que ainda o farão , com a poesia histórica e cinematográfica contida nas cenas brilhantes e atuações marcantes como as de Morgan Freeman, Matt Damon e Scott Eastwood e espraiar pelo mundo, um pouco de História , além de fortalecer em muitos, a vontade de ser dono do próprio destino e da própria vontade!

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