Hoje 28 de abril divido com vocês o e-mail que recebi de Norma Cacho, através do qual, a Marcha Mundial de Mulheres manifesta-se, exigindo a punição dos assassinos da militante Bety Cariño e Jyri Jaakola.
A um ano do assassinato de Bety Cariño
Justiça!
27 de abril de 2011
Hoje, 27 de abril, um ano depois da ataque paramilitar contra a caravana humanitária que se dirigia a San Juan Copala, que resultou no assassinato de nossa companheira Bety Cariño e do ativista, não esquecemos.
Ainda hoje não existem avanços significativos na investigação de seus assassinatos. Nenhum dos três níveis do governo se comprometeu em resolver o caso, só temos escutado falsas promessas e compromissos. Ulises Ruiz deixou o governo de Oaxaca, com uma estrela de sangue, perseguição, impunidade, se esquivando de suas responsabilidades sobre a violência paramilitar da que San Juan Padece e dos assassinatos registrados na região. Gabino Cué lavou as mãos, não fez nada para promover a justiça e com isso reproduz o mesmo governos de seu antecessor do qual tanto busca desvimcular-se. Os grupos paramilitares plenamente identificados como os executores dos crimes de Bety e Jyri seguem livres, atacando as comunidades, burlando a justiça e atuando protegidos pela impunidade.
Todos são responsáveis pelo o desaparecimento violento de Bety Cariño e Jyri Jaakkola de nossa convivência. Todos são cúmplices quer por encobrimento, quer por omissão. Todos merecem uma punição exemplar, porque estamos fartas de que as vidas das ativistas e lutadoras sociais sejam barganhadas no afã demagógico do exercício do poder. Denunciamos a falta de vontade política, a impunidade e o desdém governamental para resolver os crimes. Responsabilizamos plenamente o Estado pelos assassinatos de Bety e Jyri e exigimos a detenção imediata dos autores materiais dos assassinatos e dos responsáveis intelectuais.
Não esqueçamos que as principais vítimas nesse fogo cruzado tem sido e seguem sendo as mulheres: as que esmorecem, as que resistem, as despejadas, as que mantêm em vigília as que sucumbem às balas. Mulheres sem rosto, sem nome, mas que estão aqui. Não esqueçamos que no México colocamos em risco nossa vida, cada vez que empreendemos uma luta, fazemos uma denúncia, nos manifestamos. Não esqueçamos que a defesa dos direitos humanos, a luta por dignidade e a liberdade são resistências incômodas ao poder.
Depois de um ano assassinato, lembramos que a lutadora, ativista, companheira solidária, amiga, Bety Cariño segue presente em nós. O caminho que percorreu, a luta que empreendeu, e seus sonhos de justiça e dignidade, são tarefas que nós, feministas, ativistas, assumimos como nossa permanente luta contra esse sistema capitalista e patriarcal que segue nos assassinando, que segue arrancando a vida de valorosas mulheres que rompem o silêncio, que não se calam diante das injustiças, que lutam por liberdade. Elas, nossas companheiras, seguem levantando a voz de com sua lembrança e seu legado. Não esqueceremos porque o esquecimento reproduz a impunidade e significa mais afronta a nossas companheiras assassinadas.
Estaremos presentes nas atividades para celebrar a nossa companheira. Conclamamos a solidariedade de todas e que sigam rompendo o silêncio. Porque nossa exigência é, mais uma vez: Justiça. Justiça para as mulheres assassinadas por serem mulheres, justiça para as mulheres assassinadas pelo poder, justiça para as mulheres assassinadas por lutar. Justiça para Bety Cariño!
Punição para os paramilitares de UBISORT!
¡Juicio político a Ulises Ruiz!
Fora paramilitares de San de San Juan Copala!
Justiça para Bety Cariño Jyri Jaakkola!
Basta de feminicídios, basta de impunidade, nenhuma mulher a menos, nenhuma mais assassinada!!
MARCHA MUNDIAL DE LAS MUJERES MÉXICO
Discurso de Bety Cariño. Tecuán News- Kolectivo Azul. Embajada de Canadá.
Não sabia desse caso... mas é chocante atacarem a quem só estava querendo ajudar.
ResponderExcluiriloveleli.blogspot.com