quarta-feira, 5 de outubro de 2011

A Infância Com Vestes Vintage e Futuristas

Nesta semana da criança, convido-os para uma reflexão sobre o mundo  que estamos proporcionando aos nossos filhos e netos.O mundo globalizado e atual, distancia cada vez mais as crianças do mundo de sonhos e fantasias infantis.Hoje, nascem,engatinham e dão os primeiros passos já integradas ao mundo virtual e desenvolvem-se como "nativos digitais". Antes, as crianças navegavam no vasto mundo das aventuras literárias e recreativas.Hoje, meninos e meninas também navegam, mas na web.Como era bom, quando brincavamos de ciranda, botões, amarelinha e conversavamos com os nossos pais..Hoje,as crianças conversam  nos chats e fazem downloads.Lembro-me, do quanto adorava assistir filmes infantis e desenhos animados  na companhia da minha amada filhota, passear com ela em parques, circos, viajar e lhes contar histórias para dormir. Hoje, percebo que os pais destinam os finais de semana para seus filhos e que adoram passear com os mesmos em  shoppings centers, pois enquanto  passeiam  e fazem compras ,seus filhos jogam com games sob a vigilância de pessoas contratadas para o exercício da função. .Cresci no tempo das cirandas, das cobra-cegas e dos disquinhos coloridos de vinil .Fui uma criança quietinha, educada,pensativa e distante. Mas, como muitas outras, adorava brincar de boneca e muito vaidosa, adora me posicionar como tal.Meus pensamentos, viajavam de carona nos Contos de Grimm(O ganso de ouro,Os doze caçadores do rei,Os Músicos de Bremen...) e nos Contos de fadas,muitos dos quais repassei pra minha filha,juntamente com as aventura de Monteiro Lobato.Como era bom ouvir meus compactos coloridos, na vitrolinha que  meu pai me deu e que guardo até hoje, como referência de uma boa memória afetiva e musical. Adora ler gibis,todos os personagens de Walt Disney me atraiam.Gostava também do Fantasma,Tarzan, Zorro, Robin Hood e em paralelo na companhia dos meus irmãos, não perdia os westerns americanos,Bonanza nem Jesse Jaimes. James era um  fora-da-lei americano,mas tinha pra mim, a mesma impotância que o  cantor canadense Justin Bieber te pra moçada atual.
Continuo até hoje, fascinada por Robin Hood,ele foi e continua sendo meu grande herói.Era um fora da lei, que roubava dos ricos para dar aos pobres, por agir assim, tornou-se perseguido pela elite e pelo poder local.Pena que a classe política atual, roube de pobres em favor da elite e em favorecimento dela mesma.
É...como dizia Cazuza "Meus heróis  morreram de overdose" virtual.Os personagens que marcaram minha infância e a da minha filha,foram substituidos por games e heróis  instrumentadores do poder, da violência e da competição, como algo fudamental para a vitória.
Não estou aqui propondo um mundo sem virtualidade, adoro o mundo virtual e seria absurdo, era excluir-se do avanço e ficar à margem da história.O computador esta na vida de todos, independende da posição social .Mas,faz-se necessário que o mesmo seja utilizado como instrumento de auxílio no ensino e na aprendizagem e não como um mecanismo substituidor do livro.
Se para Marc Prensky, as ferramentas eletrônicas são como extensões do cérebro das crianças, cuidemos para que nossas crianças tenham o olhar humanista e desenvolvam ações humanizadoras
.


Que tal escolhermos um personagem da nossa infância e colocarmos a foto do mesmo, no perfil do Facebook, Twitter e Orkut até 12 de outubro-Dia da Criança?!
 
Iremos assim,
rememorar através das nossas escolhas,as diversas brincadeiras infantis e recriar uma ação multiplicadora à favor, dos polivalentes e significativos caminhos da infância que tivemos e da que desejamos para nossos filhos e netos.



Luluzinha, é a minha escolha. Adorava o seu astral, a esperteza,a teimosia e o seu espírito de aventura.Lembro, que ela desafiava a turma do clube dos meninos, era inventiva na construção de histórias e eu me divertia, vendo-a tomar  conta do terrível Alvinho.
Adorava seu look sempre impecável, cabelos com cachinhos organizados, o vestidinho godê vermelho, com gola polo na cor branca e a boina na cor vermelha,não tinha qualquer semelhante com chapeuzinho vermelho. Seus  sapatinhos não eram de cristal, mas semelhantes aos da minha boneca mais querida. 

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