“Foi muito emocionante o convite para fazer a minha personagem, a Linda, que é uma menina autista.
Desde setembro do ano passado, estive com autistas no Sul, por mais de um mês, vi filmes, li livros, entrevistas, crianças...
Estou trabalhando com Sérgio Pena à partir dessas pesquisas, num trabalho físico de ensaio e numa parceria direta com o Walcyr, o Maurinho e o Wolf Maya"
A bela e talentosa atriz Bruna Linzmeyer, fará o papel de Linda, uma jovem autista que terá uma relação difícil com os pais, vividos pelos atores Genézio de Barros e Sandra Coverloni em Amor à Vida, próxima novela das 9 da Globo, escrita por Walcyr Carrasco.
Conversando com Wilson Marx, o preparador de elenco Sérgio Penna, afimou: "Bruna Linzmeyer, é uma jovem e talentosa atriz que se encontra em um ótimo momento profissional. Desde que soube de sua personagem, de nome 'Linda', de 18 anos, ela vem pesquisando e estudando. Passou pelas experiências da Carly e da Temple, leu livros, assistiu filmes, além de conhecer e conviver com adolescentes autistas e seus familiares.
Ela já tem um bom repertório e estamos felizes com o processo e o resultado nos ensaios".
"Bruna Linzmeyer me surpreendeu ao vê-la diante de mim, se portando como uma verdadeira aspie. Fiquei encantado pela sua dedicação ao trabalho que vem realizando ao longo desses meses.
Reconheço que o que eu vi, foi realmente uma pessoa muito sensível, "Linda" de coração e de alma.
Muito honrado em conhecê-la e ver não somente verdade e seriedade na pessoa de Bruna, mas um mergulho tão profundo na personagem que já esta vivendo ao longo desse tempo, que cheguei ao ponto de ter um pouco de medo. Sim, tive medo que terminasse por mergulhar no que eu chamaria de "lado negro", no que se refere a alguns sentimentos não muito seguros que nós aspies sentimos as vezes, e que eu mesmo venho tentando evitar que se desenvolva nos aspies que conheço, tanto quanto posso, mesmo a contragosto de meus terapeutas.
Pude perceber o quanto se transformou como pessoa nesse "mergulho" e peço "de coração" que tenha sempre pessoas como o Sergio Penna ao lado dela para lhe trazer de volta ao "mundo real" caso esse mergulhar lhe venha a causar danos ou dores emocionais as quais possa não estar tão bem preparada.
Fico orgulhoso de que esteja disposta a encarar esse "gigamenso" desafio de "viver" por longos meses do outro lado de um mundo a que está acostumada a fim de mostrar ao mundo, numa obra que estará eternizada em forma de arte, algo que, para muitos, é totalmente desconhecido.
Enfim, espero que possa contar com qualquer coisa que esteja ao meu alcance para contribuir com o seu trabalho.
Por muito tempo eu me perguntava, usando as palavras de um Grande Amigo: "Who Cares?". Hoje tenho visto que a lista que consegui formar ao longo do tempo é muito grande, e hoje sei que há muito mais gente incógnita e outros nem tanto assim, que realmente se importam e que levam isso muito a sério. É bom ver que esse time aumenta a cada dia e que é muito maior que qualquer dimensão que eu poderia conceber na minha imaginação. Felizmente vi e percebo bem que não era como eu pensava. Nunca estamos sozinhos e hoje, acredito mesmo que precisamos sempre uns dos outros... e hoje sei que "isso é viver"...
Por isso, não me pergunto mais "Who Cares?". Vejo que nunca precisamos achar que estamos sozinhos e sempre haverá pessoas que, como Bruna Linzmeyer e Sergio Penna, bem como tantos outros... se importam do fundo do coração. E demonstram isso mesmo a duras penas em ações, e também através de grandes e pequenas demonstrações, gestos, atitudes e também por meio de "crises prolongadas de sinceridade levemente controlada" (rs),afirmou Wilson Marx.
Wilson Marx, com Sergio Penna e Bruna Linzmeyer
A cada dia que passa vejo a importância de alguns temas serem discutidos de maneira superficial, mas, ao mesmo tempo, com condições de abrir espaço para a discussão e o conhecimento. Fico feliz em ver um autor buscar novas perspectivas de ensaio, mesmo que em tão pouco espaço de tempo, mesmo que numa novela.
ResponderExcluirElieldo...
ResponderExcluirDurante algum tempo, questionei o fato de temas e/ou assuntos de relevada importância serem analisados de forma superficial ou de forma restrita, em alguns espaços ou programas de TV.
Hoje,reconheço que todo e qualquer espaço onde possamos promover a reflexão é em si, um avanço
e uma conquista.