segunda-feira, 30 de abril de 2012

Fragmentos de um Discurso Amoroso

Fragmentos de um Discurso Amoroso  - Roland Barthes

"A linguagem é como uma pele:
com ela eu entre em contato com os outros"
Fragmentos de um Discurso Amoroso é uma obra-prima de Roland Barthes . Se o autor francês o concebeu enquanto um dicionário, tornou-se algo bem maior. Na qual, ele resgata o AMOR da esfera do pensamento filosófico e das análises poéticas, culturais e científicas, nos levando ao universo fascinante do AMOR , despertando as memórias de sentimentos estilhaçados... adormecidos, dentro de nós.
Nossas experiências individuais vão se agregando aos conceitos filosóficos de Platão, Nietzsche,Werther, Goethe,Freud...a cada página lida. Os pensamentos fluem como vertentes do alicerce literário deste Discurso Amoroso!

Leiam atentamente !
Vale tudo... só ou acompanhado, numa rede, no sofá , na cama, no trabalho...experimentem saborear um café quentinho com delicioso bolo, após a leitura de algumas páginas.Se presenteiem com as mais diferentes sensações : sentir saudades,chorar, rir, se comover e...apaixonar-se !
Leiam não só pelo prazer de ler, mas principalmente pelo prazer de resgatar a paixão e redescobrir o AMOR !

Imagem: Antonio Canova (1777) Psyche Revived by Cupid’s Kiss
Paris, Museu do Louvre

"[...] Basta que, num relance, eu veja o outro como uma espécie de objecto inerte, empalhado, para que transfira o meu desejo deste objecto amado para o meu próprio desejo; é o meu desejo que desejo e o ser amado mais não é do que seu subordinado. Exalta-me o pensamento de uma tarefa tão grande que deixa longe e para trás a pessoa que me serviu de pretexto [...]: sacrifico a imagem ao Imaginário. E se chegar o dia em que tiver de renunciar ao outro, o luto violento que então em mim se apodera é o luto do próprio Imaginário: era uma estrutura querida e choro a perda do amor, não a deste ou daquele. [...]"
Roland Barthes (1970). Fragmentos de um Discurso Amoroso. Lisboa: Edições 70, p. 40

Um comentário:

  1. Querida Lila,
    Peço perdão, mas acho esse Roland Barthes muito superficial, mesmo! Amor e desejo não são nada disso, embora, só na poesia mais sublime, possamos dizer em pequena parte o que são.
    Beijos,
    Armando.

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