: "Tenho que adaptar a melodia
ao meu jeito de cantar "
Billie Holiday
"Strange Fruit - Billie Holiday e a Biografia de Uma Canção", livro de David Margolick, lançado há 12 anos nos Estados Unidos,com estudo e análise sobre a canção Strange Fruit, uma das mais famosas do repertório de Billie Holiday,chega ao Brasil.“Strange fruit”,considerada por muitos críticos como a primeira canção de protesto contra o racismo, foi escrita numa época, em que as relações raciais nos EUA eram muito precárias. Billie Holiday, tinha apenas 23 anos quando cantou a música pela primeira vez no palco do Café Society, como um ato de coragem.A música trata de um tema tabu na época,o racismo e descreve o horror dos linchamentos de negros por brancos americanos,nos Estados do sul do país.Além de agredidos ,os negros eram enforcados e os corpos dependurados nas árvores, como frutos podres.Por isso,a canção chama-se ‘strange fruit’ (fruta estranha).
Billie Holiday, morreu ao 44 anos e todas as vezes em que cantou a música, emocionou os ouvintes por sentí-la como uma música de protesto. A diva do Jazz,continua tocando lindamente nossa alma, com sua voz desbravadora e cintilante na emoção!
Billie Holiday canta Strange Fruit ao vivo em 1959
Strange Fruit, gravação original interpretada por Billie Holiday em 1939
Foto de Lawrence Beitler,tirada em 1930, que, serviu de inspiração para Abel Meeropol escrever o poema Strange Fruit, que deu origem à canção.
Strange Fruit
tradução: de Carlos Rennó
“Árvores do Sul dão uma fruta estranha,
Folha ou raiz em sangue se banha,
Corpo negro balançando, lento,
Fruta pendendo de um galho ao vento,
Corpo negro balançando, lento,
Fruta pendendo de um galho ao vento,
Cena pastoril do Sul celebrado,
A boca torta e o olho inchado,
Cheiro de magnólia chega e passa,
De repente o odor de carne em brasa,
A boca torta e o olho inchado,
Cheiro de magnólia chega e passa,
De repente o odor de carne em brasa,
Eis uma fruta para que o vento sugue,
Pra que um corvo puxe, pra que a chuva enrugue,
Pra que o sol resseque, pra que o chão degluta,
Eis uma estranha e amarga fruta”.
Pra que um corvo puxe, pra que a chuva enrugue,
Pra que o sol resseque, pra que o chão degluta,
Eis uma estranha e amarga fruta”.
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