domingo, 4 de setembro de 2011

125 anos de Tarsila do Amaral

Tarsila do Amaral, soube como ninguém ,retratar a diversidade étnica e cultural da população paulistana, na década de 30.
Lembro-me bem, que "Operário" e "Segunda Classe" chamaram minha atenção, ainda quando estudante universitária .Apaixonada por História e Arte, buscava observar através das obras dos artistas,uma expressão revolucionária e transformadora.Tarsila me atraiu por ter sido a primeira artista plástica da sua época,a preocupar-se em explorar questões sociais através da obra.O envolvimento da Tarsila com o PCB e sua ida para a União Soviétiva, a fez expressar-se através das telas citadas, retratando não só a condição da classe operária marginalizada e explorada pelo capitalismo industrial, que consolidara-se na década de 30,através de "Operários", nos faz refletir sobre as etnias(consequencia da migração européia) e a triste condição de vida do operário brasileiro na era Vargas. Diante da fábrica com chaminés, a artista pintou vários operários, todos com expressão de tristeza .Como é bom ver Mário de Andrade, Anita Malfadi, Plínio Salgado e Oswald de Andrade entre tantos operários.A talentosa e politizada artista, nos faz ver que o regime capitalista interferia também, no ambiente doméstico e familiar, tornando-o depressivo.

Sua obra Segunda Classe é a própria expressão dessa melancolia.
Tarsila do Amaral foi desafiadora pelo seu engajamento e pelas idéias políticas espelhadas na sua arte.
VIVA TARSILA!
 Segunda Classe
"Abaporu"  é uma obra prima, fruto da liberdade de expressão,com ele Tarsila inaugura em 1928, o movimento antropofágico nas artes plásticas.que caracterizou o modernismo brasileiro.Sem dúvida, uma das obras mais famosas e importantes produzidas em nosso pais.Por isso, a presidenta Dilma Rousseff, resgatou a obra para inaugurar a exposição de arte "Mulheres, Artistas e Brasileiras", no Palácio do Planalto.Contando com a presença de várias pessoas ilustres, como o Barack e Michelle Obama na inauguração da mostra.O "Abaporu" foi cedido especialmente por seu proprietário, o argentino Eduardo Costantini, e é exibido normalmente no Museu de Arte Latino-Americano de Buenos Aires. 

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