terça-feira, 25 de outubro de 2011

Walter Franco Com Vestes e Estilo Musical Que Não Degenera


O cantor e compositor paulistano Walter Franco,considerado por muitos como maldito, sempre esteve na vanguarda musical brasileira,  antes  mesmo de Arrigo Barnabé. Mas na verdade,ele é mistura bendita de rock,mantra, punk e música erudita, ele é experimentalismo musical que nunca morre. Incompreendito e sem apoio da grande mídia, ele se afasta, mas por ser Franco, com quem acredita na boa poesia musical...ressuscita.
Sempre que lembro da frase " Quem ama aos seus não degenera", começo a cantar " Quem Puxa Aos Seus Não Degenera", música que me acompanhou muito tempo e que ainda hoje, me dá prazer ouvir e cantar.
Walter Franco...sua música me dá prazer...não degenera.
Quem Puxa Aos Seus Não Degenera !
 Feito Gente

Walter Franco

Feito gente, feito fase.
Eu te amei, como pude.
Fui inteiro, fui metade.
Eu te amei, como pude.

Fui a faca e a ferida.
Eu te amei como pude.
Feito bicho que se espanta.
Eu te amei como pude.
Quando chegam a morte e a vida

Feito lixo que se queima.
Eu te amei como pude.
Feito chama quando arde.
Eu te amei como pude.

Fui capacho, já fui lama.
Eu te amei como pude.
Fui herói, fui covarde.
Eu te amei como pude.
Feito a dor que cedo ou tarde.
Eu te amei como pude.
Dói o corpo e dói a alma.

Feito água, feito vinho.
Eu te amei como pude.
Feito mágua, feito espinho.
Eu te amei como pude.

Fui um poço, pensamento.
Eu te amei como pude.
Fui a calma e a revolta.
Eu te amei como pude.
Fui a vela, fui o vento.
Eu te amei como pude.
A partida foi a volta.




Coração Tranquilo

Walter Franco

Tudo é uma questão de manter
A mente quieta
A espinha ereta
E o coração tranquilo



Criaturas

Walter Franco

Bebes e comes e ris
Farta-te em quanto puderes
Pratica os teus atos vis
Mas lembra que são mulheres
São pobres almas
São seres humanos
Tristes criaturas
Ah, pra que perveteres irmãs
Com brutais loucuras
E bebes e comes e ris
Farta-te em quanto puderes
Pratica os teus atos vis
Mas lembra que são mulheres
Lembra aquela menininha flor
Que do galho arrancaste
Numa prostitutazinha doutor
A transformaste
E bebes e comes e ris
Farta-te em quanto puderes
Pratica os teus atos vis
Mas lembra que são mulheres


Serra do Luar

Walter Franco

Amor, vim te buscar
Em pensamento
Cheguei agora no vento
Amor, não chora de sofrimento
Cheguei agora no vento
Eu só voltei prá te contar
Viajei...Fui prá Serra do Luar
Eu mergulhei...Ah!!!Eu quis voar
Agora vem, vem prá terra descansar

Viver é afinar o instrumento
De dentro prá fora
De fora prá dentro
A toda hora, todo momento
De dentro prá fora
De fora prá dentro
A toda hora, todo momento
De dentro prá fora
De fora prá dentro

Amor, vim te buscar
Em pensamento
Cheguei agora no vento
Amor, não chora de sofrimento
Cheguei agora no vento
Eu só voltei prá te contar
Viajei...Fui prá Serra do Luar
Eu mergulhei...Ah!!!Eu quis voar
Agora vem, vem prá terra descançar

Viver é afinar o instrumento (de dentro)
De dentro prá fora
De fora prá dentro
A toda hora, todo momento
De dentro prá fora
De fora prá dentro
A toda hora, todo momento
De dentro prá fora
De fora prá dentro

Tudo é uma questão de manter
A mente quieta
A espinha ereta
E o coração tranquilo
Tudo é uma questão de manter
A mente quieta
A espinha ereta
E o coração tranquilo
A toda hora, todo momento
De dentro prá fora
De fora prá dentro
A toda hora, todo momento
De dentro prá fora
De fora prá dentro


Quem Puxa Aos Seus Não Degenera

Quem puxa aos seus
Não degenera, não
Degenera, não
Não degenera

Daí meu pai disse
Meu filho, espera
A inocência que há
No olhar da fera

E a minha mãe, ai, ai
Meu Deus,quem dera
A paciência de uma
Longa espera

Quem puxa aos seus
Não degenera, não
Degenera, não
Não degenera

E a minha mãe, ai, ai
Meu Deus,quem dera
Quanta ciência
Quanta primavera

Daí meu pai disse
Meu filho, espera
Que a violência, meu amor
Já era



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